domingo, 14 de outubro de 2012
Entende?
A sabedoria do fundo de copo. Afeição por pouco preço, de boteco. A varejo. O buraco da fechadura. De curioso. A lampada apagada para aguçar. O cheiro do esmalte vermelho. O canto da janela quebrado. O sabor azedo antes do ultimo gole. O fim da noite - ou não.
Sois sóis
Logo entendeu o sentido de estarem no jardim e tratou de buscar umas pimentas, vívidas e plantá-las no vaso que queria por as flores. Deu um sentido às cores quando deixou o sol passar a janela como seus dedos nos meus cabelos. Dedilhou, ainda, uns acordes com o vento que batia nos lençóis meio mal passados e na cortina, acompanhando os pés no alto. Sentado na beirinha, soltou um suspiro de milhões de palavras que antecederam aquele instante. Só para os nossos poros.
Distante
De repente quis sambar
e saiu pela rua de pés descalços
uma inoportuna hora do dia,
indiferente.
Quis sentir o sabor de uma gota de chuva
ou sentir o sabor do rum de noites passadas
ou apenas Wish You Were Here !
sábado, 6 de outubro de 2012
Abstrai
Até ser livre e poder voar
faz aqui o teu trampolin
E quando lavar a alma no mar de cores
Deixa exalar o aroma das rosas
- essas que prefiro plantadas como são -
Não nega o umbilical
e faz assim traços eternos.
Abre os olhos e desapega.
Nada se vai de vez,
fica como pode.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Madalena
Desceu do salto ja tem um tempo
prefere até dançar descalça.
Atenta a pequenas coisas
que a encantam e espantam - as vezes
Madalena é feita de cores, sabores doces de infancia
e ácidos de hoje
Ja não sente o ralado ardido do joelho
"Traz um expresso, sem açucar"
Saiu pro samba de ontem, chega amanhã
Sorriso infinito de quem tem orgulho do que tem
Quando Madalena quis brincar de comigo-niguem-pode
Ganhou, ganhou, ganhou e ganhou um parceiro
daqueles que pode, mas só se for junto.
Vendeu uns moletons, um All Star furado e passou um blush
- assim meio tímido - pra corar o rosto que ainda sambava.
Pintou as unhas e mais um sorriso no rosto.
Ajeitou o coque, correu atras do melhor bloco
Pensou em algumas frases, palavras soltas,
salvou-as!
Mudou de casa, acenou aos pais e virou o rosto antes
Apredeu verdades e não as escondeu mais.
"Não gosto", "Não quero", "Deu preguiça"
Segurou sua mão e acreditou nos vinte e cinco
Chamou de canto aquele outro e la se foram.
terça-feira, 27 de março de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
Preciso contar
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